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Opinião – Eleições Formosa

  • Natália Vergütz
  • 12 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura

Por Natália Vergütz


A acalorada eleição municipal de Formosa contou com sete concorrentes a ocupar a cadeira da Prefeitura: Gustavo Marques (Podemos), Wenner Patrick (Avante), Capitão Cícero Jacinto (PRTB), Bueno Hernany (Solidariedade), Paulinho Araújo (PP) e Soldado Caetano (PDT).


Em se tratando de eleições no interior, uma expressão que representa muito é “balaio de gatos”, pois não seguem necessariamente uma coerência com a eleição na esfera federal. Depende muito dos arranjos partidários feitos historicamente em cada município.


Fazendo uma leitura como eleitora de Formosa e observando os bastidores da política e as opiniões da comunidade nas ruas e nas redes sociais, um fator que contou muito para a reeleição do atual prefeito, Gustavo Marques (Podemos), foi a divisão de votos entre os vários candidatos e a falta de organização da oposição.


A esquerda local, além do fator “anti-esquerdismo”, somado ao fato do município ter uma base militar muito forte, parece não conversar com sua base e concentrar-se mais em marcar território para o pleito federal. A oposição mais aguerrida se destaca mesmo, na própria direita.


O candidato à prefeitura que fazia uma oposição mais combativa e detinha até então a preferência, Wenner Patrick (Avante), desgastou-se durante o percurso, por falhas na comunicação com seu eleitorado e que, por estar mais presente nas redes sociais, também apareceram mais.


Bueno Hernany (Solidariedade), arrebanhou muitos votos que eram inicialmente, do candidato do Avante, e teve uma votação muito expressiva, ainda mais se tratando de sua primeira eleição.


Com muitos candidatos, 63% do eleitorado ficou dividido entre Bueno Hernany (27,62%), Wenner Patrick (14,84%), Paulinho Araújo (10,40%), Capitão Cícero Jacinto (4,41%), Jorge Antonini (3,02%) e Soldado Caetano (2,25%).

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O segundo turno é realizado apenas nas cidades com mais de 200mil eleitores em que um candidato não tenha obtido a maioria simples (50% + 1) de votos válidos no primeiro turno. Formosa conta com pouco mais de 70mil eleitores aptos e, por isso, não se encaixa nessa regra.


Gustavo Marques alcançou 37,47% dos votos, garantindo a reeleição. Porém, nas redes sociais, a maior parte das postagens e comentários sinalizam que o prefeito eleito não pode desconsiderar o número expressivo de eleitores que demonstra insatisfação e exige mudanças na atual gestão.


Entre as principais cobranças, elencamos:


- O grave problema da falta de escoamento de água. A cidade tem pouquíssimos bueiros e, isso, somado à falta de varrição de ruas e à necessidade de um trabalho de conscientização da população sobre o descarte correto do lixo, faz com que ocorram muitos alagamentos no período de chuvas.


- Os buracos. Essa é uma questão que, com certeza, quem conhece algum morador de Formosa e tenha tirado “dois dedinhos” de prosa com ele, já ouviu falar.


-A ausência de transporte coletivo.


- O atendimento e a dificuldade para realizar exames e outros procedimentos no hospital (que foi regionalizado durante gestão anterior do próprio prefeito).


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